26 de março de 2023

LOTUS 78

 

O Lotus 78 foi o 26º monolugar de F1 que a equipa Lotus construiu.
Preocupado com os fracassos dos últimos tempos, Colin Chapman, o fundador e proprietário da equipa Lotus, escreveu em sua casa, em Ibiza no verão de 1975, um documento de 27 páginas a delinear os princípios do carro-asa, o futuro Lotus 78, que haveria de trazer de volta o domínio da equipa britânica na F1.
Tonny Rudd, o Director de Engenharia da Lotus, imediatamente chamou Peter Wright, seu antigo assistente na BRM na época em que ambos desenvolviam um projecto de carro-asa, para trabalhar em conjunto com Ralph Bellamy, o ex-designer da Brabham.  
O princípio da ideia de Chapman era tão simples como genial: Fazer da própria carroceria um aerofólio de forma a criar pressão aerodinâmica. Bastaria que a parte debaixo do carro tivesse a forma de uma asa invertida e que o ar fosse direcionado ao longo da superfície curva e escoado como num venturi. Tudo isso ao mesmo tempo que se procurava encontrar o menor arrasto aerodinâmico. 
Equipado com um motor Ford Cosworth DFV V8 a 90º, 2.993cc, montado longitudinalmente e aspirado naturalmente, o Lotus 78 foi testado no túnel de vento, mostrando ser um sucesso, o que se confirmou nas pistas.
Estreado na primeira prova da temporada de 1977, no Grande Prémio da Argentina, pelas mãos de Mario Andretti e de Gunnar Nilsson, o Lotus 78 pontuou nas duas primeiras corridas do campeonato, com o 5º lugar de Andretti e de Nilsson na Argentina e no Brasil, respectivamente. Depois de um duplo abandono na África do Sul, Andretti levou o Lotus 78 à vitória em Long Beach e em Espanha, onde alcançou também a pole-position. Nilsson venceu na Bélgica e Andretti voltou a conquistar a vitória em França e em Itália. O piloto norte-americano obteve ainda mais seis pole-positions
Apesar do relativo sucesso nesse ano de 1977, onde a Lotus mostrou estar no bom caminho, Niki Lauda e a Ferrari venceram ambos os campeonatos, principalmente devido a quebras de motor e à fogosidade de Andretti.
Foi ainda com o Lotus 78 que a equipa britânica iniciou a temporada de 1978. Mario Andretti manteve o seu lugar mas Ronnie Peterson substituiu o seu compatriota Gunnar Nilsson. Andretti começou o campeonato com uma vitória na Argentina, onde Peterson terminou no 5º lugar. Na prova seguinte, no Brasil, apenas Andretti terminou a corrida nos lugares pontuáveis, na 4ª posição. Seguiu-se o Grande Prémio da África do Sul onde Peterson alcançou a vitória, o último triunfo do Lotus 78 na F1. Andretti foi 2º em Long Beach e Peterson alcançou o mesmo resultado na Bélgica. Peterson voltou a conduzir o Lotus 78 no Grande Prémio de Itália, onde se viu envolvido num acidente que lhe custou a vida, naquela que foi a última vez que o Lotus 78 foi usado pela equipa britânica. A Lotus passou a usar o Lotus 79, logo após o Grande Prémio do Mónaco, e o anterior modelo passou para as mãos do piloto mexicano Hector Rebaque que o usou na sua equipa privada, o Team Rebaque, até ao final da temporada de 1979, tendo terminado em 6º lugar no Grande Prémio da Alemanha.
No final dessa temporada, Andretti e a Lotus venceram os títulos de Pilotos e de Construtores, com o Lotus 78 a ter um papel importante no sucesso da equipa de Hethel.
O Lotus 78 disputou 31 Grandes Prémios. Conquistou 7 vitórias, 9 pole-positions, 7 voltas mais rápidas e 11 pódios.

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