16 de setembro de 2020

JEAN-PIERRE BELTOISE


Jean-Pierre Maurice Georges Beltoise nasceu no dia 26 de Abril de 1937 em Paris, França.
Beltoise começou a competir em corridas de motos. Em três anos conquistou 11 títulos nacionais franceses, antes de ter começado a disputar provas internacionais de motociclismo entre 1961 e 1964, nas classes de 50, 125, 250 e 500 cc.
Em 1963 disputou a sua primeira prova de automobilismo na corrida italiana Targa Florio, no entanto foi obrigado a abandonar a prova com problemas no seu René Bonnet Djet-Renault. No ano seguinte participou nas 12 Horas de Reims, de novo ao volante do carro de René Bonnet, onde sofreu um violento acidente, do qual saiu com o braço esquerdo partido e em muito mau estado, que lhe deixou mazelas para o resto da vida.
Ainda não totalmente recuperado do seu acidente, Jean-Pierre Beltoise convenceu o patrão da Matra, Jean-Luc Lagardère, a correr na Formula 3, obtendo os primeiros sucessos na categoria e logo em 1965 sagra-se campeão de França, tornando-se o primeiro campeão francês. No ano seguinte, Beltoise iniciou uma longa carreira na Formula 2, ao volante de um Matra, carreira que durou até 1975 e que manteve em paralelo com a F1.
Depois de não se ter conseguido qualificar para o Grande Prémio do Mónaco, Beltoise estreou-se no Campeonato Mundial de F1 de 1967 no Grande Prémio dos Estados Unidos em Watkins Glen, onde terminou em 7º lugar ao volante de um Matra-Ford. O mesmo resultado que obteve na corrida seguinte no México.
Em 1968 conquistou o seu primeiro pódio com o 2º lugar no Grande Prémio da Holanda em Zandvoort.
No ano seguinte terminou três corridas no pódio e igualou o seu melhor resultado na F1 com o 2º lugar no Grande Prémio de França.
Em 1970 o 3º lugar na Bélgica e em Itália foi o melhor que conseguiu, ainda chegou a liderar o Grande Prémio de França mas acabou por desistir, com falta de gasolina, a três voltas do fim.
O ano de 1971 foi para esquecer. Apenas conquistou 1 ponto, com o 6º lugar no Grande Prémio de África do Sul. Ainda nesse ano, durante os 1000 km de Buenos Aires, o seu Matra ficou sem combustível na entrada da recta da meta e Beltoise decide empurrá-lo. Apesar das bandeiras amarelas, Ignazio Giunti da Ferrari atingiu o Matra, na colisão o carro do piloto italiano pegou fogo e Giunti pereceu nas chamas. Beltoise teve a sua licença desportiva internacional suspensa por três meses pela Federação Internacional de Automóveis.
Em 1972 Jean-Pierre Beltoise ingressou na equipa BRM. Depois de ter coleccionado duas desistências, em África do sul e em Espanha, Beltoise ganhou o Grande Prémio do Mónaco, obtendo a sua primeira vitória na F1. Os 9 pontos conquistados na corrida do Mónaco foram os únicos em toda a temporada.
No ano seguinte voltou a somar 9 pontos no campeonato, mas com três 5º lugares, em Espanha, Holanda e Áustria, e um 4º lugar no Canadá.
Em 1974 o 2º lugar no Grande Prémio de África do Sul foi o único resultado de relevo na temporada, tendo conseguido ainda o 5º lugar na Argentina e na Bélgica. Nas restantes provas somou desistências e na última corrida nem conseguiu qualificar-se. No final do ano decidiu deixar a F1.
Beltoise esteve nove anos envolvido na F1. Disputou 85 Grandes Prémios, conquistou 1 vitória, 4 voltas mais rápidas e obteve 8 pódios.
Mais tarde foi piloto de testes da equipa de F1 Ligier. Em 1976 começou a competir em provas de turismo em França. Ainda em 1976, venceu as 24 Horas de Le Mans. Sucederam-se outras aventuras, como o campeonato francês de Rallycross em 1979, categoria na qual que foi campeão em Alpine-Renault. A sua última corrida foi em Outubro de 1993 na Porsche Super Cup.
Jean-Pierre Beltoise esteve 8 anos na F1. Disputou 85 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 4 voltas mais rápidas e 8 pódios.
Jean-Pierre Beltoise morreu no dia 5 de Janeiro de 2015.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Beltoise ficou lembrado na F1 por sua vitória em Mônaco/72. Os franceses depositaram nele a esperança de vê-lo campeão mundial. Fato que não vingou.