12 de julho de 2020

BRABHAM


A Brabham foi uma equipa de Formula 1 que disputou o Campeonato Mundial entre 1962 e 1992.
Fundada pelo Bi-Campeão Mundial de F1, Jack Brabham em parceria com o engenheiro aeronáutico Ron Tauranac, a estreia da equipa na F1 aconteceu em 1962, no Grande Prémio da Alemanha em Nurburgring. Jack Brabham que largou do 24º lugar, abandonou a prova quando estavam decorridas 9 voltas, com problemas no seu carro.
Foi preciso esperar mais dois anos para a Brabham vencer uma corrida de F1, o que aconteceu no Grande Prémio de França em Rouen, com o norte-americano Dan Gurney. No ano seguinte, a Brabham não venceu, mas a regularidade dos seus pilotos permitiu à equipa conquistar o 3º lugar no Campeonato de Construtores.
Em 1966, os regulamentos mudaram e a equipa Brabham passou a usar os motores Repco. Jack Brabham acabou por ganhar vantagem sobre os outros pilotos. Conquistou quatro vitórias consecutivas e sagrou-se Tri-Campeão Mundial de Pilotos, a primeira e única vez que um piloto venceu o campeonato ao volante de um carro com o seu nome. Os pilotos Jack Brabham e Denny Hulme deram à equipa o seu primeiro título de Campeão Mundial de Construtores.
Na temporada seguinte veio a introdução do motor Ford Cosworth V8, o que não impediu que os Brabham dominassem a temporada. Nesse ano os bons desempenhos de Denny Hulme permitiram-lhe conquistar o título de Campeão Mundial e junto com Jack Brabham, voltaram a dar o título de construtores à Brabham.
Mas a partir de 1968 a equipa começou a cair. Nesse ano apenas obteve dois pódios com o austríaco Jochen Rindt. Na temporada seguinte, Rindt deixa a equipa e para o seu lugar entra o belga Jacky Ickx que vence na Alemanha e no Canadá e com Jack Brabham dão à equipa o segundo lugar no Campeonato de Construtores.
Em 1970, Jack Brabham conquistou a vitória no Grande Prémio da África do Sul. Com 43 anos de idade, esse foi o seu último triunfo ao volante de um F1.
Com a saída de Jack Brabham foi Ron Tauranac que ficou à frente da equipa. O bicampeão mundial Graham Hill e o jovem australiano Tim Schenken foram os pilotos contratados para a temporada de 1971. No final desse ano, Tauranac vendeu a equipa ao empresário britânico Bernie Ecclestone que teve que estruturar a Brabham no ano seguinte onde o único destaque foi a pole-position obtida por Carlos Reutemann no Grande Prémio da Argentina.
No ano de 1973, Ecclestone promoveu o jovem engenheiro sul-africano Gordon Murray como designer-chefe e transferiu Herbie Blash para director da equipa.
Em 1974, a equipa recuperou e conquistou três vitórias em África do Sul, Áustria e Estados Unidos, todas por intermédio de Reutemann. No ano seguinte, a dupla de pilotos Carlos Reutemann e Carlos Pace, levam a Brabham ao segundo lugar no campeonato de construtores.
Os anos de 1976 e 1977 foram decepcionantes, ambos sem vitórias.
Com Niki Lauda ao volante em 1978, as vitórias finalmente apareceram. No Grande Prémio da Suécia o piloto austríaco venceu com o BT46B, um "carro com ventilador". Foi a primeira e última corrida que o monolugar disputou, pois foi proibido desde então. Lauda voltou a vencer em Itália. Nesse ano o brasileiro Nelson Piquet ingressou na equipa para disputar a ultima prova do campeonato.
1979 Voltou a ser um ano para esquecer, mas 1980 foi bem melhor com Piquet a ganhar por três vezes (Long Beach, Holanda e San Marino).
Em 1981 e 1983 a Brabham voltou aos seus anos dourados. Nelson Piquet sagrou-se Campeão Mundial nesses dois anos.
Em 1984, Piquet levou a Brabham à vitória no Grande Prémio do Canadá e no Grande Prémio de Detroit. Em 1985 o piloto brasileiro venceu o Grande Prémio de França em Paul Ricard, o que foi a ultima vitória da equipa Brabham na F1.
A temporada de 1986 foi catastrófica, com 2 pontos marcados e a morte em testes particulares do piloto Elio de Angelis. Em 1987 a equipa obteve apenas dois pódios. Em 1988 não participou no campeonato por não ter conseguido encontrar um fornecedor de motor adequado. Ainda no decorrer de 1988, Bernie Ecclestone anunciou que vendeu a Brabham a Walter Brun, dono da EuroBrun. Mais tarde a Brabham foi adquirida por um empresário suíço que a levou de volta à F1 para disputar a temporada de 1989 com os pilotos Martin Brundle e Stefano Modena. Foi precisamente o italiano a dar à Brabham o seu último pódio na F1 quando terminou em 3º lugar no Grande Prémio do Mónaco de 1989.
Nos três anos seguintes a equipa apenas conseguiu 5 pontos.
O Grande Prémio da Hungria de 1992 foi a ultima corrida que a Brabham disputou na F1.
Nos 30 anos que a Brabham esteve na F1, disputou 96 Grandes Prémios. Conquistou 35 vitórias, 39 pole-positions, 41 voltas mais rápidas e 124 pódios. Venceu o Campeonato do Mundo de Construtores por duas vezes, em 1966 e 1967. Conquistou quatro Campeonatos Mundiais de Pilotos, Jack Brabham em 1966, Dennis Hulme em 1867 e Nelson Piquet em 1981 e 1983.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

A Brabham tem uma grande história na F1... e Nelson Piquet escreveu grande parte de sua trajetória na Brabham... Os títulos do Piquet de 81 e 83 ficaram gravados em minha retina... quanta saudade...