14 de junho de 2020

ARROWS


A equipa Arrows Grand Prix International, participou no Campeonato do Mundo de F1 entre 1978 e 2002.
Fundada em 1977 pelos antigos integrantes da equipa Shadow: Franco Ambrosio, Alan Rees, Jackie Oliver, Dave Wass e Tony Southgate. Das iniciais dos sobrenomes dos fundadores, deriva o nome da equipa sediada em Milton Keynes na Inglaterra.
No Grande Prémio do Brasil de 1978 a Arrows estreou-se na F1 com o piloto italiano Riccardo Patrese ao volante do único carro que a equipa levou para Jacarepaguá. Patrese largou do 18º lugar da grelha de partida e terminou a corrida no 10º posto.
O outro piloto contratado foi o Sueco Gunnar Nilsson, mas problemas de saúde impediram-no de dar o seu contributo e foi substituído pelo alemão Rolf Stommelen a partir da segunda corrida do campeonato. Nilsson morreu de cancro no final de 1978. Mas esse não foi o único problema da Arrows no seu ano de estreia. O primeiro carro da equipa, o Arrows FA1, após a 11ª corrida do campeonato, foi proibido de correr pelo Tribunal Superior de Londres por ser uma cópia do DN9, o monolugar da Shadow, equipa que processou a Arrows por violação dos direitos de autor. Já a adivinhar o desfecho do tribunal, a Arrows projectou em apenas 52 dias, outro carro, o Arrows A1, que foi usado nas restantes provas da temporada.
Mas nem tudo foi mau nesse primeiro ano. Na terceira corrida em que participou a Arrows conseguiu pontuar pela primeira vez, através de Riccardo Patrese que obteve 1 ponto com o 6º lugar alcançado no Grande Prémio de Long Beach, resultado que repetiu na prova seguinte no Mónaco. Duas provas depois o piloto italiano deu à sua equipa o primeiro pódio com o 2º lugar no Grande Prémio da Suécia e na ultima prova da temporada obteve o 4º lugar no Grande Prémio do Canadá. Com 11 pontos, todos por intermédio de Patrese, a Arrows conseguiu o 10º lugar no campeonato com os mesmos 11 pontos do 9º classificado, a Williams.
Depois de um ano de 1979 difícil, com apenas 5 pontos conquistados no campeonato, a Arrows regressou ao pódio de uma corrida no Grande Prémio de Long Beach, de novo com Riccardo Patrese que conseguiu o 2º lugar na prova.
O ano de 1981 começou com o piloto italiano a conquistar a primeira pole-position da equipa no Grande Prémio de Long Beach. Patrese voltou a colocar o Arrows de novo no pódio por duas vezes, com o 3º lugar no Brasil e depois com outro 2º lugar em San Marino.
Depois de três anos penosos, onde nunca conseguiu mais do que o 5º lugar em três provas. A Arrows repetiu o resultado que tinha conquistado quatro anos antes em San Marino, mas desta vez com o belga Thierry Boutsen ao volante.
O ano de 1986 foi um desastre para a Arrows que conseguiu apenas 1 ponto no campeonato.
Em 1987 o piloto inglês Derek Warwick e o norte-americano Eddie Cheever foram contratados. Nesse ano a equipa igualou a sua melhor classificação no campeonato com o 7º lugar, igual como tinha sido há sete anos atrás.
No ano de 1988 a Arrows teve a sua melhor temporada na F1. Warwick conseguiu por quatro vezes o 4º lugar e Cheever voltou a colocar um Arrows no pódio de um Grande Prémio, quando terminou em 3º lugar em Monza. No final do campeonato a equipa terminou em 5º lugar e somou 23 pontos, os mesmos da equipa Lotus que foi 4ª classificada.
No ano seguinte Eddie Cheever obteve o 3º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, na sua cidade natal, Phoenix. O piloto norte-americano pontuou apenas mais uma vez com o 5º lugar na Alemanha, enquanto que Warwick conseguiu o 5º lugar no Brasil e em San Marino e o 6º lugar na Alemanha, Bélgica e Japão. Depois de ter terminada a temporada anterior num excelente 5º lugar, a Arrows acabava o ano de 1989 no 7º posto entre os construtores.
O ano de 1990 foi uma desilusão. O 5º lugar alcançado por Alex Caffi no Grande Prémio do Mónaco foi o único resultado pontuável da equipa em toda a temporada. No final do ano o empresário japonês Wataru Ohashi, comprou a Arrows que passou a chamar-se: Footwork International Inc.
Em 1997 a Footwork desapareceu e voltou a surgir a Arrows. O antigo engenheiro da Benetton, Tom Walkinshaw comprou 51% da Footwork, tornou-se o novo Director da equipa e contratou o piloto campeão de 1996, Damon Hill e o brasileiro Pedro Paulo Diniz. A primeira metade da temporada foi para esquecer, mas depois, com a chegada do projectista John Barnard, o carro melhorou e Damon Hill conquistou o primeiro ponto do campeonato com o 6º lugar no Grande Prémio de Inglaterra. No Grande Prémio da Hungria, Hill surpreendeu todo o mundo da F1 ao obter o 3º lugar na grelha de partida, depois na corrida a surpresa ainda foi maior quando assumiu a liderança na 11ª volta e começou a aumentar a vantagem para o segundo classificado, até que a duas voltas do final a bomba hidráulica deixou de funcionar e a meio da última volta perdeu o primeiro lugar. Ainda assim o 2º lugar foi um excelente resultado para a equipa que conquistou o seu último pódio na F1. Damon Hill não pontuou mais nessa temporada, enquanto que Pedro Paulo Diniz conseguiu o 5º lugar no Grande Prémio do Luxemburgo em Nurburgring.
Em 1998 Damon Hill deixou a equipa e entrou o finlandês Mika Salo. O destaque vai para o Grande Prémio do Mónaco, onde a Arrows conseguiu ter os seus dois carros nos lugares pontuáveis, com o 4º lugar de Salo e o 6º de Diniz.
No ano seguinte o espanhol Pedro de la Rosa conseguiu o 6º lugar na primeira prova da temporada, na Austrália, mas nas restantes corridas a Arrows ficou sempre fora dos lugares pontuáveis e terminou a temporada com apenas 1 ponto.
Em 2000 de la Rosa obteve dois 6ºs lugares, no Grande Prémio da Europa e no Grande Prémio da Alemanha, enquanto que Jos Verstappen obteve o 5º lugar no Canadá e ficou às portas do pódio em Monza, atrás dos dois Ferrari e do McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen.
O ano de 2001 voltou a ser negro. Verstappen marcou o único ponto da equipa na Áustria.
Em 2002 e depois dos dois 6ºs lugares que Heinz-Harald Frentzen conquistou em Espanha e no Canadá, a Equipa Arrows não participou nas últimas cinco provas da temporada devido a dificuldades financeiras e terminou a sua participação no Campeonato do Mundo de F1. O Grande Prémio da Europa em Nurburgring, desse ano, foi a ultima corrida onde os dois carros cruzaram a meta, em 10º e 13º lugar, já o Grande Prémio da Alemanha em Hockenheim foi a ultima prova que a Arrows disputou na F1, onde ambos os monolugares desistiram na corrida.
Nos 19 anos em que esteve envolvida na F1, a Arrows estabeleceu o recorde de 291 corridas sem vitórias, apesar de terem conquistado oito pódios, incluindo cinco 2ºs lugares, somando ainda 1 pole-position.

1 comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Das equipes médias a Arrows era uma delas que me empolgavam.