26 de abril de 2020

JODY SCHECKTER


Jody David Scheckter nasceu no dia 29 de Janeiro de 1950 em East London, África do Sul.
Filho do dono de uma oficina de automóveis de East London, começou a correr ainda menino com kartings e motos de pequena cilindrada, passando para os carros logo depois. Seu primeiro carro de corrida foi um Renault 8 Gordini, montado por ele mesmo.
Em 1970 foi viver para Inglaterra e no ano seguinte passou a disputar o campeonato inglês de Formula Ford com um Merlyn, que comprou a Emerson Fittipaldi. Ainda em 1971 participou no Campeonato Europeu de Formula Ford 1600, ficando em 2º lugar e ainda fez algumas corridas de F3, onde conseguiu vitórias suficientes para impressionar Teddy Mayer que lhe deu um contrato de três anos com a McLaren na Fórmula 2, com a promessa de uma porta para a F1.
Em 1972, no Grande Prémio dos Estados Unidos, em Watkins Glen, estreou-se na F1 ao volante de um McLaren-Ford. Largou em 8º lugar, mas a inexperiência fez-se notar quando mais tarde fez um pião e terminou a corrida em 9º, ainda assim foi uma bela estreia, tento em conta que o seu McLaren era inferior aos outros dois da mesma equipa.
Em 1974 mudou de ares e ingressou na Tyrrell, como primeiro piloto, na equipa que tinha sido campeã dois anos antes. No Grande Prémio da Suécia, sétima prova do Mundial, Jody Scheckter venceu pela primeira vez na F1. Antes fora 5º em Espanha, 3º na Bélgica e 2º no Mónaco. Com sua 2ª vitória no Grande Prémio de Inglaterra, 5º na Holanda, 4º em França, 2º na Alemanha e 3º em Itália, chegou aos 45 pontos e terminou o campeonato em terceiro lugar.
O ano de 1975 foi um pouco pior mas em 1976 terminou novamente em 3º no campeonato. Naquela temporada a Tyrrell introduziu o carro mais radical da história da F1, o Tyrrell P34, um carro com seis rodas. Scheckter deu ao novo monolugar a sua única vitória, no circuito sueco de Anderstorp. Nas doze corridas com o carro marcou pontos por dez vezes.
Em 1977 ingressou na Walter Wolf Racing, uma equipa que se estreava nesse ano na F1. Logo na primeira corrida do ano, o Grande Prémio da Argentina, Jody Scheckter surpreende ao conquistar a vitória. Nesse ano voltou a ganhar no Mónaco e no Canadá. As seis corridas que terminou, foi sempre no pódio o que lhe permitiu terminar em segundo lugar no campeonato.
O ano seguinte foi para esquecer e Jody apenas teve dois segundos lugares como melhor resultado em corrida.
Em Janeiro de 1979, foi para a Ferrari. Na equipa de Maranello, Scheckter superou todas as expectativas e junto com o seu companheiro de equipa, o canadiano Gilles Villeneuve, levou a Ferrari a vencer o Campeonato do Mundo de Construtores. O Grande Prémio de Itália em Monza foi o palco perfeito para Jody conquistar o Mundial de Pilotos. A sua vitória foi celebrada exactamente no dia em que o Grande Prémio de Itália comemorava o seu cinquentenário, na pista de Monza.
O ano seguinte é desastroso. O Ferrari não se mostra competitivo, a equipa entra em crise e Scheckter decide abandonar a F1 após não se qualificar para o Grande Prémio do Canadá. O melhor resultado desse ano foi um quinto lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos.
Era o fim de uma carreira de F1 em que disputou 112 provas, conquistou 10 vitórias, obteve 3 pole-positions, 5 voltas mais rápidas e 255 pontos.
Jody Scheckter afastou-se completamente da Fórmula 1. Primeiro fundou, nos Estados Unidos, uma companhia fabricante de simuladores de tiro para militares, policias e agentes de segurança, depois vendeu a empresa, mudou-se para Inglaterra e dedicou-se à agricultura, à criação de animais e à cultura biológica.

2 comentários:

Por Dentro dos Boxes disse...

Um grande piloto. Em 1977 foi um ano memorável para ele e a equipe Wolf. Alias, em 1979 a Fittipaldi comprou o espólio da Wolf e o F8 era a evolução do carro da Wolf.

E 1979 foi seu grande ano na F1 com a conquista do campeonato mundial.

Speeder76 disse...

Bom, ando aqui a visitar isto pela primeira vez e gostei do seu conteúdo. Está bem interessante, embora no caso do Scheckter, poderias ter falado dos seus dois filhos do primeiro casamento, que seguiram a carreira do pai, na IndyCar.

De resto está ótimo, venho aqui mais vezes. Se quiseres, recomendo que te mostres nas redes sociais - montar página no Facebook, Instagram, Twitter e assim - para angariares mais fãs.

Abraços!