4 de maio de 2025

MIAMI

 


O Autódromo Internacional de Miami é uma pista de automobilismo, localizada no estado norte-americano da Flórida.
Em Janeiro de 2018, a F1 anunciou a realização de uma corrida nas ruas de Miami no ano seguinte, no entanto levantaram-se logo vários protestos de moradores que obrigaram a muitas alterações no desenho da pista original. Após largas dezenas de reuniões, com os moradores a algumas empresas locais, a F1 chegou a um acordo com o presidente da câmara Rodney Harris, com a cidade a receber 5 milhões de dólares em financiamento ao longo de 10 anos para os residentes e empresas. ficou acordado ainda um programa para oferecer estágios remunerados a estudantes do ensino secundário e universitário, enquanto o circuito contaria também com barreiras de redução de ruído e monitorização da qualidade do ar durante todo o evento.
Criada pela empresa Apex Circuit Design, em colaboração com uma equipa interna da Formula 1, a pista foi desenhada em torno do Hard Rock Stadium, a casa dos Miami Dolphins da NFL. Com a reta da meta, as boxes e o paddock club junto ao estádio e com três zonas de DRS, o circuito é algo semelhante ao de Albert Park em Melbourne, com 19 curvas e uma parte permanente e outra circuito de rua e onde se podem atingir velocidades próximas dos 330 km/h na maior reta do circuito de 5.412 quilómetros.
No dia 8 de Maio de 2022, a F1 estava de regresso à Flórida (a última vez tinha sido em 1959, no circuito de Sebring). 
Max Verstappen, ao volante de um Red Bull, foi o vencedor do primeiro Grande Prémio de F1 disputado no Autódromo Internacional de Miami, enquanto que Charles Leclerc, em Ferrari, foi o autor da primeira Pole-Position.
Nas quatro corridas disputadas em Miami, Verstappen é o piloto mais vitorioso, com 2 triunfos. Nas equipas, Red Bull e McLaren, venceram 2 provas cada.


2 de fevereiro de 2025

SERGIO PÉREZ


Sergio Michel Pérez Mendoza nasceu no dia 26 de Janeiro de 1990 em Guadalajara no México.

Em 1996, tinha seis anos de idade quando começou a competir nos karts, e foi precisamente no karting que Sergio Pérez se manteve até ao ano de 2003. Em 2004, passou a disputar a Formula 2000. Em 2005 e 2006, competiu no Campeonato BMW ADAC. No ano de 2007, disputou pela primeira vez o Campeonato Internacional de F3 Britânico, tendo-se sagrado campeão, com 14 vitórias e 14 pole-positions em 21 corridas. Em 2008, voltou a disputar o Campeonato Internacional de F3 Britânico mas quedou-se pela 4ª posição final. Seguiu-se o Campeonato GP2 Serie, onde obteve o 2º lugar no campeonato de 2010. 

No final do ano de 2010, Sergio Pérez passou a integrar a Ferrari Driver Academy e foi colocado na equipa de F1 Sauber para disputar o Campeonato do Mundo de 2011.

Pérez estreou-se na F1 no dia 27 de Março de 2011, no Grande Prémio da Austrália, tendo terminado a corrida no 7º lugar. No entanto, acabou por ser desclassificado por infringirem os regulamentos técnicos. Em Espanha, a quinta prova da temporada, obteve os seus primeiros pontos na F1 ao terminar a corrida no 9º lugar.

No ano seguinte, ainda na equipa Sauber, conseguiu o seu primeiro pódio com o 2º lugar no Grande Prémio da Malásia.

Em 2013, desvinculou-se da Ferrari e ingressou na McLaren. O 5º lugar no Grande Prémio da Índia foi o melhor resultado da temporada, e foi sem surpresa que no final do ano anunciou que iria deixar a equipa.

Em 2014, Pérez integrou a Force India e manteve-se na equipa sediada em Silverstone, que mais tarde passou a designar-se por Racing Point, até ao final da temporada de 2020. Durante esses sete anos, Sergio Pérez mostrou ser um piloto rápido, agressivo, e que sabia tratar bem os pneus do seu monolugar, o que lhe valeu alguns bons resultados e a sua primeira vitória na F1 no Grande Prémio de Sakhir em 2020.

Em 2021, juntou-se a Max Verstappen na Red Bull Racing. Nos quatro anos em que esteve ao serviço da equipa austríaca, Pérez conseguiu pontuar na grande maioria das corridas, no entanto nunca se mostrou um piloto consistente, e como prova fica a sua última temporada na Red Bull Racing onde depois de ter conseguido quatro pódios nas cinco primeiras corridas do campeonato, nunca mais terminou entre os três primeiros classificados. No final do ano de 2024, Sergio Pérez e a Red Bull terminaram a sua colaboração.

Sergio Pérez esteve 14 anos envolvido na F1. Disputou 281 Grandes Prémios. Conquistou 6 vitórias, 3 pole-positions, 12 voltas mais rápidas e 39 pódios.


12 de agosto de 2024

MARCH 881

 

O March 881, foi o 16º monolugar de F1 construído pela equipa britânica, March Engineering.
Projectado por Adrian Newey, impulsionado pelo motor Judd V8 e com o italiano Ivan Capelli e o brasileiro Maurício Gugelmin como pilotos, o March 881 foi um dos melhores carros atmosféricos do Campeonato do Mundo de F1 de 1988.
Adrian Newey, que desenhou o seu primeiro carro de F1, concebeu um monolugar curto, com uma aerodinâmica aprimorada e que deu prioridade aos detalhes, como o nariz ligeiramente elevado.
Depois de um início de campeonato algo difícil, Capelli terminou em 5º lugar no Grande Prémio do Canadá. Em Inglaterra foi Gugelmin a terminar no 4º lugar e a dar início a um período de seis provas com a equipa inglesa a terminar sempre nos lugares pontuáveis. Em SPA, Capelli largou do 14º lugar e terminou em 3º, dando o primeiro pódio, desde 1976, à March. No Estoril, o piloto italiano saiu da 3ª posição da grelha de partida e terminou a corrida em 2º, atrás do McLaren de Alain Prost. Na penúltima prova do campeonato, no Japão, Ivan Capelli partiu em 4º e na volta 16 chegou a liderar a prova, sendo esta a primeira vez, em quatro anos, que um carro atmosférico liderou um Grande Prémio. 
No final do campeonato, a March terminou na 6ª posição entre os Construtores, com 22 pontos conquistados. No Campeonato de Pilotos, Capelli foi 7º com 17 pontos e Gugelmin 13º com 5 pontos.
O March 881 ainda foi usado nas primeiras duas corridas do Campeonato do Mundo de 1989. Na prova inaugural, no Brasil, Gugelmin terminou no 3º lugar, logo atrás do Ferrari de Nigel Mansell e do McLaren-Honda de Alain Prost, e apesar de a equipa ter usado o novo modelo nas corridas seguintes, os pontos conquistados por Gugelmin em Jacarepaguá foram os únicos da March em todo o campeonato.

10 de setembro de 2023

JEDDAH

 

O Circuito Corniche de Jeddah é uma pista citadina de automobilismo localizada na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita.
Depois de no final da década de setenta a Arábia Saudita ter começado a “olhar” para a F1, principalmente através da companhia aérea nacional, Saudia, que patrocinava a equipa Williams, o maior país da Península Arábica passou a ter uma maior ligação com a F1 a partir de 2020, quando a companhia petrolífera estatal Saudi Aramco se tornou um dos patrocinadores do Campeonato do Mundo de F1. 
Foi também em 2020, mais precisamente em Janeiro, que uma delegação da F1 Motorsport viajou até à Arábia Saudita, mais concretamente a Jeddah, para ver os possíveis locais onde seria possível construir uma pista, com a zona da Corniche, junto ao Mar Vermelho, a ser o local indicado. 
Sem surpresa, os responsáveis escolheram a empresa Tilke GmBH, do arquiteto alemão Hermann Tilke, que entregou o projeto da pista ao seu filho Carsten Tilke, com este a desenhar um circuito de 6.175 metros de extensão e que incluia 27 curvas, mas que possibilita que um carro de F1 atinja uma velocidade média de 250 km/h, em cada volta, o que torna o circuito de Jeddah o segundo mais rápido do campeonato, atrás de Monza, e o circuito citadino mais rápido de sempre.
Em novembro de 2020, o Grande Prémio da Arábia Saudita de F1 foi confirmado, em colaboração com a Federação Saudita de Automóveis e Motos. No início do ano de 2021, a zona da Corniche de Jeddah começou a ser preparada para a criação do circuito. Três mil pessoas de cinquenta países diferentes, trabalharam durante oito meses nas obras necessárias e também na montagem de bancadas e dos vários edifícios, como as boxes e o paddock. Foram usados 37.000 toneladas de asfalto, 600.000 toneladas de cimento, 30.000 metros quadrados de tijolos e 1.400 toneladas de vidro.
No dia 5 de Dezembro de 2021, Jeddah albergou o primeiro Grande Prémio da Arábia Saudita, a 21ª prova do Campeonato do Mundo de F1. A Mercedes e Lewis Hamilton não deram hipóteses aos seus adversários e obtiveram a pole-position, a volta mais rápida da corrida e conquistaram a vitória.
Em 2024, O Circuito de Jeddah foi o palco da estreia de Oliver Bearman na F1.
Jeddah tornou-se a casa do Grande Prémio da Arábia Saudita e até aos dias de hoje já se realizaram 5 corridas. A equipa Red Bull já venceu a prova por três vezes, enquanto que Max Verstappen triunfou por duas vezes.

4 de setembro de 2023

ROBERT KUBICA

 

Robert Józef Kubica nasceu no dia 7 de Dezembro de 1984 em Cracóvia, Polónia.
Depois de ter competido em corridas de karting, onde, para além de ter vencido vários campeonatos da Polónia, conquistou o Campeonato Italiano de Junior Karting, o Mónaco Kart Cup, o Troféu Margutti e ganhou a corrida, Elf Masters, Kubica passou pela Formula Renault 2000, pela F3 e em 2005, venceu o Campeonato de Formula Renault 3.5.
Em 2006, a equipa de F1, BMW Sauber, contratou Robert Kubica para piloto de testes. Em Agosto, Jacques Villeneuve ressentiu-se das mazelas do seu acidente durante o Grande Prémio da Alemanha e Kubica foi chamado a substituir o piloto canadiano e assim estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 no Grande Prémio da Hungria. Depois de ter arrancado do 9º lugar, terminou a corrida em 7º mas foi desclassificado por o seu carro estar dois quilos abaixo do peso mínimo regulamentar. Nessa temporada, Kubica disputou as restantes cinco provas. No Grande Prémio de Itália, conquistou os seus primeiros pontos na F1 e obteve o seu primeiro pódio ao terminar a corrida no 3º lugar.
No ano de 2007, o piloto polaco conseguiu pontuar regularmente. Das dezasseis corridas que disputou, terminou por onze vezes nos lugares pontuáveis, com o 4º lugar que alcançou em Espanha, França e Inglaterra  ser o seu melhor resultado. Ainda nesse ano e durante o Grande Prémio do Canadá, Robert Kubica sofreu um violento acidente quando tentava ultrapassar o Toyota de Jarno Trulli, na aproximação do gancho, com o seu BMW Sauber a sair descontrolado da pista e a embater a cerca de 300 km/h no muro e a ficar parcialmente destruído, acabando por voltar à pista e parar junto aos rails do lado oposto. Kubica foi retirado do carro pela equipa médica e levado para o centro hospitalar do circuito, tendo apenas sofrido leves ferimentos no tornozelo. 
Em 2008, Kubica confirmou todo o seu potencial. Das dezoito provas do campeonato o piloto polaco pontuou em catorze, tendo obtido sete pódios e conquistou a sua primeira e única vitória na F1 no Grande Prémio do Canadá, precisamente um ano depois do seu pavoroso acidente. No final da temporada, Kubica somou 75 pontos e classificou-se no 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos.
O ano de 2009 foi bem diferente do anterior. Kubica apenas conseguiu pontuar em cinco das dezassete provas do campeonato, com o ponto alto a ser o 2º lugar que alcançou no Grande Prémio do Brasil.
Em 2010, Kubica ingressou na Renault e voltou a realizar uma temporada bastante positiva, em que conseguiu pontuar em quinze das dezanove provas do campeonato, tendo obtido três pódios, com o melhor resultado a ser o 2º lugar no Grande Prémio da Austrália.
Em Fevereiro de 2011, dias depois de ter realizado os testes de pré-época com a Renault em Valência, Kubica disputou o rali Ronde di Andora, ao volante de um Skoda Fabia. Na primeira etapa do rali, Kubica sofreu um grave acidente quando o seu carro saiu de estrada e bateu nos rails de proteção, com um desses rails a entrar dentro do cockpit do carro e a atingir o piloto polaco. Kubica sofreu sérios ferimentos na mão, braço e perna direitos. para além de ter perdido muito sangue, esteve mais de uma hora preso dentro do carro até ser resgatado. Já no hospital, Kubica foi submetido a uma longa operação, de cerca de sete horas, por sete médicos, separados em duas equipas. Dias depois, foi novamente operado para corrigir as fraturas que sofreu na perna direita, assim como no braço e ombro direito.
Em Janeiro de 2012, a recuperação de Kubica deu um passo atrás quando o piloto polaco escorregou no gelo e fraturou a perna direita, nos arredores da sua casa em Itália. No início de Setembro, Kubica voltou à competição no rali Ronde Gomitolo Di Lana, tendo vencido com mais de um minuto para o 2º classificado. 
Em 2013, Kubica disputou e venceu o Campeonato Mundial de Rally-2 com a Citroen. 
Em 2014 e 2015, continuou a sua participação nos ralis, mas sem obter o sucesso do ano anterior.
Nos anos de 2016 e 2017, disputou algumas corridas de endurance.
Em 2018, Kubica regressou à F1 mas para ser o piloto de reserva e de testes da equipa Williams.
Em 2019, Robert Kubica permaneceu na Williams e voltou a participar no Campeonato do Mundo de F1, oito anos depois da sua última corrida. Com um dos carros menos competitivos do pelotão, Kubica conseguiu conquistar o único ponto da equipa Williams em todo o campeonato ao terminar o Grande Prémio da Alemanha no 10º lugar.
Em 2020, Kubica ingressou na Alfa Romeo mas como piloto de reserva e testes e participou ainda no Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM).
No ano de 2021, o piloto polaco continuou a desempenhar a função de piloto de reserva e testes. Em Setembro, Kubica substituiu Kimi Raikkonen, quando o piloto finlandes testou positivo à COVID-19, e disputou o Grande Prémio da Holanda, onde terminou no 15º lugar, e também o Grande Prémio de Itália, tendo conseguido o 14º lugar, naquela que foi a sua despedida da F1. Nesse ano participou ainda no European Le Mans Series, campeonato que venceu. Para além das 24 Horas de Le Mans, prova onde se viu obrigado a desistir na última volta com problemas no sensor do acelerador do seu carro, disputou também as duas últimas provas do Campeonato Mundial de Resistência realizadas no Bahrain, terminando ambas no 8º lugar.
Robert Kubica esteve nove anos envolvido na F1. Disputou 99 Grandes Prémios. Conquistou 1 vitória, 1 pole-position, 1 volta mais rápida e 12 pódios.

20 de agosto de 2023

BENETTON B195

 

O Benetton B195 foi o monolugar que a equipa italiana, Benetton Formula, usou em 1995.
Projetado por Rory Byrne e Ross Brawn, o Benetton B195 era muito semelhante ao seu antecessor, o modelo B194. No entanto, o novo carro de 1995, ao contrário do modelo anterior, foi impulsionado pelo motor Renault V10, o que obrigou Byrne e Brawn a reformular toda a parte traseira do monolugar, desde as fixações para o novo motor, a caixa de velocidades e também toda a suspensão traseira. Outra modificação que o carro sofreu, em relação ao modelo anterior, foi a redução do tamanho das asas, uma alteração imposta pela FIA para limitar a aerodinâmica dos monolugares. 
Pilotado pelo alemão Michael Schumacher e pelo inglês Johnny Herbert, o Benetton B195 venceu 11 das 17 corridas do campeonato de 1995. Schumacher subiu por nove vezes ao degrau mais alto do pódio e lutou com o britânico Damon Hill, piloto da Williams, pelo título de campeão, que o alemão conquistou na antepenúltima corrida do campeonato. 
Com 137 pontos conquistados, contra 112 da equipa Williams, a Benetton venceu pela primeira e única vez o Campeonato do Mundo de Construtores.